Arte criada por Rudi Guimarães, por via do Canva . É conhecido o facto da população brasileira ser maioritariamente descendente de portugueses, principalmente devido a colonização lusitana, que forjou o Estado Nacional conhecido hoje como Brasil. No entanto, poucos sabem que uma quantidade substancial destes portugueses eram de origem judaica, que convertidos a força ao cristianismo, preferiram se mudar para localidades onde encontrar-se-iam mais seguros das garras da Inquisição Portuguesa; contudo, antes de entrarmos nas relações do povoamento de Mato Grosso do Sul e os descendentes dos sefarditas, vamos primeiro contextualizar essa imigração colonial desde o seu princípio. JUDEUS NA PENÍNSULA IBÉRICA Após sucessivas revoltas judaicas contra o Império Romano, em busca da libertação da Judeia e sua autonomia, o poder Imperial decidiu esvaziar a Terra de Israel e espalhar os seus nativos pelo Mediterrâneo, vendendo-os como escravos. Essa dispersão resultou na criação e multiplicação d
José Marquês Garcia e provavelmente Marciana Garcia Leal, sua mãe, quadro pertencente a viúva de seu neto Eduardo Marques Garcia, Neiva Poli Ferreira. O fazendeiro José Marques Garcia foi baptizado em 21 de Setembro de 1856 , na Paróquia de Santa Ana, atual cidade de Paranaíba . Sendo filho de Bernardino Marques Pereira e Marciana Garcia Leal , ela por sua vez era filha do desbravador João Pedro Garcia Leal e Antônia Ferreira Jesus , portanto bisneto de João Garcia Leal , morto pelos sete irmãos Silva e vingado pelo irmão [1] . Isso tornava-o membro da mais numerosa e importante família do Bolsão, os Garcia Leal , além de pertencer aos Marques Pereira , proeminentes no Triângulo Mineiro. Com isto, concluímos que era de origem abastada, apesar de nascido em uma época difícil na região, altura da Guerra do Paraguai, que devastou o então Sul de Mato Grosso e empobreceu inúmeros fazendeiros locais. Não sabemos muito sobre a sua juventude, no entanto, seus netos contam que teve inúmer