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Cel. José Marques Garcia, o Bacurau. Herói ou vilão? - Personagens das Revoluções de Paranaíba

 

José Marquês Garcia e provavelmente Marciana Garcia Leal, sua mãe, quadro pertencente a viúva de seu neto Eduardo Marques Garcia, Neiva Poli Ferreira.

O fazendeiro José Marques Garcia foi baptizado em 21 de Setembro de 1856, na Paróquia de Santa Ana, atual cidade de Paranaíba. Sendo filho de Bernardino Marques Pereira e Marciana Garcia Leal, ela por sua vez era filha do desbravador João Pedro Garcia Leal e Antônia Ferreira Jesus, portanto bisneto de João Garcia Leal, morto pelos sete irmãos Silva e vingado pelo irmão [1]. Isso tornava-o membro da mais numerosa e importante família do Bolsão, os Garcia Leal, além de pertencer aos Marques Pereira, proeminentes no Triângulo Mineiro.

Com isto, concluímos que era de origem abastada, apesar de nascido em uma época difícil na região, altura da Guerra do Paraguai, que devastou o então Sul de Mato Grosso e empobreceu inúmeros fazendeiros locais. Não sabemos muito sobre a sua juventude, no entanto, seus netos contam que teve inúmeras amantes, tendo pelos menos um casamento [2]. Após pesquisas elaboradas e forma particular, tomamos conhecimento de que ele casou em primeiras núpcias com Mariana Justina de Assis, com pelo menos duas filhas citadas em seu inventário: Maria Vicência Garcia e Edelvita Garcia de Assis [3].

Contudo, confirmamos que enquanto estava casado, manteve ao menos uma relação extraconjugal com a sua prima, Francisca Garcia de Carvalho, gerando-lhe dois filhos de nomes, Antônio Marques Garcia e Lauro Marques Garcia. Aliás, por tradição oral conhecíamos ao menos um deles, mais precisamente o segundo, que era criado de gado na Comarca de Três Lagoas, sendo o outro conhecido através de uma doação de terras para ambos quando ainda pequenos, resguardando-os financeiramente.

Apesar de conhecermos descendentes do referido criador, nenhum deles descendem dos citados acima, fazendo-nos conhecer um ramo muito numeroso, através do relacionamento com Maria Garcia Leal, sua prima. Não temos a confirmação se chegaram-se a casar, por mais que isso seja afirmado por alguns netos, pelo contrário, nem ela e seus dois filhos foram citados no seu Inventário, disponibilizado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Com ela, tiveram os seguintes filhos: Manoel Marques Garcia (1905) e Isaac Marques Garcia (1908). 

SUA PARTICIPAÇÃO NAS REVOLUÇÕES DE PARANAÍBA

Era abastado e influente na política local, destacando-se como um dos baluartes do poder da família na região, sendo portanto muito visado. Todavia, a região recebeu inúmeros forasteiros de outras regiões do Brasil, que afazendaram-se por lá e passou a contestar o poderio dos antigos clãs. Alguns deles, ligaram-se por casamento a família, quebrando a antiga endogâmia daquelas dinastias sertanejas, como é o caso do Cel. Carlos Ferreira de Castro, que será peça-chave para o desenvolver da história.

O Bacurau, como era conhecido José Marques, era aliado do seu ''sogro'', Cel. Silvério Garcia Leal, que mantinham uma estreitas relações com políticos na capital mato-grossense, Cuiabá. Neste mesmo período, a política estadual era muito instável, com muitos golpes e deposições de governadores, tornando a situação a época, uma armadilha, mesmo para o mais experiente dos líderes locais. Não foi diferente com muitos dos Garcia, e a próxima vítima seria o próprio Bacurau.

O Sr. Generoso Ponce, então governador era aliado do intendente de Santana, o próspero desbravador Ferreira de Castro, sustentando-o e suportando-o politicamente. Entretanto, a exemplo de outros, foi deposto devido a tramas políticas, abrindo-se a um novo cenário na região, com o retorno dos Barros para o poder. Tal situação era costurada pela família Murtinho, cujo prestigiado membro, o Dr. Manuel José Murtinho, pediu aos Garcia, apoio ao seu candidato a governador, Antônio Pedro Alves de Barros.
Os Coronéis José Marques Garcia e Silvério Garcia Leal, saem com mais de 120 homens em apoio ao Alves de Barros, servindo de alerta para o Cel. Ferreira de Castro, que ressabiado, decidiu agir. Conhecendo a situação divergente entre José Faustino e José Marques, incentivou o primeiro a invadir a fazenda, pondo-lhe um fim e resolvendo sua contenda. No entanto, os capangas contratados para matar seu oponente, entregou o plano para os seus familiares, que avisaram o Bacurau sobre, resultando em uma cobrança de explicações sobre que terminou em tiroteios e na morte da esposa de Faustino.

Ferreira de Castro e Silvério Garcia, encontraram-se para acalmar toda a confusão gerada, entretanto, o Bacurau já havia mandado 40 jagunços para invadir a propriedade de Faustino. Esse conflito quase gerou um conflito de proporções maiores, pois o abastado Bacurau, ponderou arranjar 200 homens prontos e armados para por fim a tudo.

Com isto, Carlos, planeou golpear os Garcia Leal com o roubo dos animais de cria da família, aproveitando-se das fissuras que o clã já demonstrava ter, após algumas gerações na região. Também, percebeu que as disputas de terras poderiam ser utilizadas ao seu favor. Além do próprio Mato Grosso ser um local exposto a entradas sem controlo de bando de bandidos, por sua fronteira seca com o Paraguai e com a Bolívia.

Obviamente, que isso era um problema social grave, que era aproveitado pelos oligarcas locais que contratavam-lhes para acções contra os seus inimigos locais. Um dos famosos bandoleiros, era um argentino de nome Dyonisio Benitez, que perturbou muitos fazendeiros pelo Estado, e contava com numerosa gente ao seu serviço. O astuto Carlos de Castro, decidiu contratá-lo para enfraquecer os Garcia, e consolidar o seu emergente poder na cidade.

O argentino, para fazer o serviço, exigiu o pagamento de Rs 40:000$000, verdadeira fortuna para executar e destruir os Garcia Leal. As suas acções não ficaram sem vítimas, com muitos dos fazendeiros reagindo contra essas violentas invasões, causando a morte de Manuel Garcia de Assumpção, que repeliu-o conjuntamente com o genro de Castro. 

O correntino, cumpriu com o combinado e roubou milhares de cabeças de gado, levando-as para o estado vizinho de São Paulo, instalando-se em Ribeirãozinho. Após o crime cometido, adquiriu a dignidade de Coronel, por seu enriquecimento súbito, sentindo-se protegido por suas relações construídas na localidade. Apesar dessa segurança, seus dias estavam próximos do fim, pois o Bacurau não deixaria aquilo sem resposta, muito pelo contrário, ele foi ao seu encalço.

Tais confusões não ficaram sem atenção de Cuiába, que nomeou o Juiz de origem baiana, de nome João Dantas Coelho, com o intuito de apaziguar as disputas. Apesar do esforço, era tarde demais, a anarquia tomou conta do município, com a corrupção a alastrar sobre a administração pública. Inclusive, o dito magistrado, corrompeu-se com a oferta de dezenas de contos para não condenar ninguém, causando uma maior interferência de bandoleiros, como é o caso do Cel. João Luiz do Nascimento, que no dia 3 de Abril de 1904, invadiu a cidade com 240 homens de origem nordestina, atenuando ainda mais a destruição da prosperidade local.

Em contrapartida, o Bacurau, entra em Ribeirãozinho e coloca a cidade em estado de sítio, sendo relatado por um jornal local, que a seu mando, matou-se o Dyonisio Benitez na estrada de Monte Alto, entre as cidade de Jaboticabal e Ribeirãozinho. Estando lá na cidade, José Marques decide agradecer os seus 100 homens, fechando-se o bordéu com bebida a vontade, onde pode celebrar a sua vitória tocando uma viola.

De volta para o Mato Grosso do Sul, as contentas se intensificaram, atingindo outros nomes conhecidos que eram aliados da família Garcia: Cel. Francisco Garcia da Silveira, Eliezer da Silva Latta, Capitão José Batista Gomes, Cel. Mizael Garcia Moreira e o Cel. Antônio Batista de Camargo. Todos estes foram vítimas do conluio firmado entre o Major Olímpio Ribeiro e o Cel. Ferreira de Castro, que continuaram a assaltar as propriedades, arrasando a economia da região, causando mesmo um exôdo para Goiás e ao sul de Mato Grosso, entrando em choque com os nativos locais.

Por mais que os Garcia estivessem a ser atacados, a família não estava toda unida, o Cel. Januário Garcia Leal tinha problemas, por exemplo, com o seu primo Cel, José Marques, que será importante para o desenrolar da história.

Januário Garcia Leal e José Marques Garcia, eram primos e netos de dois irmãos que fundaram juntos a Vila de Santana, o primeiro do homónimo Alferes Januário Garcia Leal, e o segundo, de João Pedro G. Leal. Contudo, tinham discordâncias acerca de divisas de propriedades, que estavam a época sendo requeridas e legalizadas pelo Estado de Mato Grosso. Tentou-se em vão reconciliá-los, chegando-se a promover encontro entre os dois, intermediados pela família e amigos.

Ingenuamente, o Bacurau acreditava em um código de conduta que priorizava os laços de sangue, e não quis agir contra seu primo, mesmo quando avisado sobre. Um dos jagunços que contratou-se para dar cabo de sua vida, chegou a contar sobre, oferecendo-se para matar Januário, no entanto, José Marques recusou-se por achar grave ser responsável por tirar a vida de um parente seu.

No entanto, os dois encontraram-se na propriedade de Belchior Martins Pereira, membro de numeroso clã instalado no Alto Sucuriú e nos Campos da Vacaria, para acertar de vez o impasse entre ambos. A princípio, pareceu-se ter uma solução viável, com os dois a concordarem por termo a aquela situação confrontante. Porém, a paz duraria pouco, logo desentenderam-se um com o outro, saindo o Bacurau para o seu acampamento, enquanto, Januário seguiu caminho contrário. 

Nas barrancas do rio São Domingos, na rede descansava José Marques, tranquilo de que tudo estava bem, apesar do fracasso da reconciliação com o seu primo. Entretanto, de forma ardilosa, Januário pagou a um jovem cozinheiro, de pele escura, para dar cabo da vida de seu senhor, que aproveitando-se do seu descanso, meteu o machado em sua cabeça, jogando-o no rio, sem ao menos dar a chance de sua família o enterrar dignamente.

Tal situação, colocou toda a família em susto, por ter-se constituído crime tão bárbaro entre parentes tão próximos, em uma época que precisavam estar unidos contra ofensivas de forasteiros. Nada disso, foi suficiente para demover Januário de seus planos, que pôs fim a uma das figuras mais fortes da família, na data de 21 de Agosto de 1908.

VINGANÇA

Seu filho Lauro Marques Garcia, não aceitando o que aconteceu com o seu amado pai, vingou-se do cozinheiro, matando-o a sangue frio, enquanto poupou a vida do mandante. O jovem tinha apenas 16 anos de idade, e já havia perdido duas irmãs e um irmão, além de ter dois irmãos que ainda eram bebés.

CONSEQUÊNCIAS

Inventariou-se os bens de José Marques, que a época estava a regularizar duas posses, tendo-se apenas uma fazenda com o processo de requerimento terminada, além de uma dívida considerável de um empréstimo feito em Uberaba. Lá encontramos, citados, apenas netos deixados por suas filhas e a exclusão de quatro dos seus filhos, além de não fazer menção a Maria Garcia Leal, mãe de Manoel e Issac, gerando-nos a dúvida se realmente chegou-se a casar com Bacurau.

Além do mais, sabemos que já encontrava-se viúvo, com um inventário registado em nome de sua falecida esposa no TJMS.

DESCENDÊNCIA

Com o seu casamento com Maria Justina de Assis (falecida em 1902):

1.1 Maria Vicência Garcia casou-se duas vezes, primeiro com o seu primo Ernesto José Garcia:

1.1.1 Ernestina Garcia Barra.

Tornando-se viúva, voltou a casar-se com primo, de nome Joaquim Justino de Assis, tendo um único filho:

1.1.2 João Benedicto Garcia.

1.2 Edelvita Garcia de Assis casou-se com o seu primo Camilo Marques Garcia, gerando a seguinte descendência: 

1.2.1 Claudemiro Marques Garcia.
1.2.2 José Marques Garcia.
1.2.3 Ormísio Marques Garcia.
1.2.4 Sebastião Marques Garcia.
1.2.5 Landulfo Marques Garcia.
1.2.6 Izaura Marques Garcia.

Com sua amante Francisca Garcia de Carvalho:

2.1 Antônio Marques Garcia.
2.1 Lauro Marques Garcia.
Deixou descendência, no entanto, nada temos sobre eles.

Com sua possível segunda esposa, Maria Garcia Leal:

3.1 Manoel Marques Garcia que casou-se com sua prima Ana Maria Garcia, filha de Antônio Alves Ferreira e Francisca Garcia de Carvalho, com a seguinte descendência:

3.1.1 Cândida Marques Garcia.
3.1.2 José Marques Garcia.
3.1.3 Flauzina Marques Garcia.
3.1.4 Otília Marques Garcia.
3.1.5 Eduardo Marques Garcia.
3.1.6 Aparecida Marques Garcia.
3.1.7 Sebastiana Marques Garcia.
3.1.8 Jorge Marques Garcia.
3.1.9 Luzia Marques Garcia.
3.1.10 Filinto Marques Garcia.
3.1.11 Cláudia Virgínia dos Santos.*

3.2 Isaac Marques Garcia casou-se com Judith Pereira Garcia:

3.2.1 Sebastião Pereira Garcia.

Um adendo, em relação a suposta segunda esposa de Bacurau, sabemos que a sua ascendência era muito estimada, não sendo apenas prima de José Marques, mas também de um ramo abastado dos Garcia. Maria Garcia Leal, era portanto, filha do casal Silvério Garcia Leal e Narcisa Garcia Tosta, ambos primos. Por parte de seu pai, tinha por avós o Senhor Manoel Antônio Tosta e a Dona Maria Garcia Leal, conhecida como ''do Vau'', filha do desbravador João Pedro Garcia Leal, bisavô de Bacurau. Já pelo lado materno, seus avós eram o Ten. Cel. Manoel Garcia Leal e Maria Camilla Tosta, ambos primos, e com muitas fazendas e animais de criação, tendo papel fundamental no desbravamento a sul de Santana, que culminou na fundação de Três Lagoas.

Manoel Leal, era filho do Alferes Januário Garcia Leal, portanto também era tio do mandante do assassinato de Bacurau, que casou-se com a neta de seu tio-avô João Pedro, avô do Bacurau. Aliás, Maria Camilla, era filha de José Antônio Tosta e Narcisa Garcia Leal, demonstrando-nos o profundo entrelaçamento dentro da mesma família, para manter o património e não se misturar com famílias de estirpe consideradas inferiores pelos mesmos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Longe de tentar fazer um juízo de valor, o título que adotamos, é para mostrar-nos as várias nuances da nossa história local, com as diversas personalidades que marcaram a construção da nossa identidade. O Cel. José Marques Garcia, era temido e respeitado, usou da força e do seu poder económico para combater seus opositores, que fatalmente foi morto a mando de um primo seu, que não dava a mesma importância pelos laços de sangue. Seus descendentes marcaram a vida em Três Lagoas, destacando-se alguns no comércio local. Já, o Cel. Carlos Ferreira de Castro, teve descendentes ilustres, como é o caso do João Henrique Catan, deputado em Mato Grosso do Sul.

Em todo o caso, para não nos esquecermos de nossa história, vale lembrar e falar sobre os acontecimentos que marcaram as Revoluções de Paranaíba, evento hoje já esquecido.

[1] Januário Garcia Leal, foi um nome muito comum dentro da família Garcia, tendo-se primeiramente sido utilizada pelo irmão de João Garcia, morto e pendurado na figueira, vingado pelo próprio irmão que ficou conhecido como ''Sete Orelhas''. Entretanto, teve um sobrinho com o mesmo nome, que era filho do falecido João, que em conjunto com os seus irmãos, entrou no Sertão de Mato Grosso e fundou a cidade de Paranaíba. Um de seus netos, tinha o seu mesmo nome, e era abastado e muito influente, que entrando em conflito com o seu primo, decidiu mandar matá-lo.
[2] Temos a certeza apenas de um casamento, no entanto, os filhos de Manoel Marques Garcia recordam que sua avó Maria teria se casado com o seu avô Bacurau. Como, infelizmente, não conseguimos ter acesso aos acervos da Paróquia e do cartório de Paranaíba, não podemos afirmar se esta correto a afirmação.
[3] Só tivemos conhecimento da existência destas duas filhas, por causa do Inventário de Marques Garcia, em que apenas as duas são citadas. Também encontramos a Fazenda Serrote, e mais duas posses em processo de requerimento, além de vultoso empréstimo. 

ALBÚM:

Cel. José Marques Garcia.



 
Cel. Januário Garcia Leal, mandante do assassinato de Bacurau.



     

Ten. Cel. Manoel Garcia Leal, avô de Maria Garcia Leal, esposa ou companheira de José Marques Garcia. Era também tio de Januário Garcia Leal e do desbravador Protázio Garcia Leal, que por sua vez foi auxiliado pelo próprio quando decidiu mudar para a Piaba.


Ana Maria Garcia e Manoel Marques Garcia, filho de Bacurau, nascido em 1905.





Ana Maria e Manoel Marques Garcia, quando mais jovens. Foto cedida por Neiva Poli, nora do casal acima.


Alfredo Justino de Souza, destacado membro da família Garcia Leal, que é uma importante fonte sobre os acontecimentos das chamas  ''Revoluções de Paranaíba''.

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