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Passaporte português via cidadania oriunda de processados pela Inquisição vira febre entre famílias pineiras de Mato Grosso do Sul. |
Hoje muito já temos sobre a magnânima história de desbravamento de Mato Grosso do Sul e Goiás, que estão ligados pelo evento histórico da chegada da família Garcia Leal e entrada de outras famílias, entre as quais, Lopes, Barbosa, Tosta, Marques, Coelho entre outras que muito fizeram para construção dessas regiões devolutas e ainda selvagens no Império do Brasil.
Mas o que tem a ver essa bela história e a cidadania portuguesa?
Como bem sabemos a origem dessas famílias são portuguesas, porém já muitos antigas aqui no Brasil remontando a figuras históricas do contexto nacional na colonização portuguesa, e é aí que entra nossa descoberta que pode transformar a noção histórica dos membros dessas famílias como também enriquecer no seu estudo, e dar a oportunidade de muitos obterem a sua cidadania portuguesa via origem judaica.
Muitos se espantam ao saber que suas famílias de origem aristocrática e muito católicas na fé, de tradição rural, mantenedora de um status patriarcal muito semelhante ao dos Senhorios na península Ibérica cujas famílias da fidalguia se perpetuavam no poder possa ter em suas remotas e endogâmicas origens essa veia semita, mas vamos explicar.
EXPULSÃO DOS JUDEUS DE PORTUGAL
Com a expulsão dos judeus de Castela e Leão por d. Isabel e d. Fernando de Aragão levou a muitos israelitas se refugiarem em Portugal, França, Polônia e Império Otomano, tal evento desencadeou transformações econômicas e sociais na Espanha então unificada pelo casal conhecido por sua devoção cristã e por expulsar enfim os muçulmanos da península Ibérica de vez com a conquista de Granada.
Em Portugal havia uma próspera e antiquíssima comunidade judaica que tinha uma língua judaica própria, o judaico-português que mesclava hebreu com português e era usado pela comunidade, que servia de base para a classe média em Portugal que dominava nichos importantes da economia ultramarina em expansão com as grandes navegações portuguesas, tal era a importância e o grau de assimilação da comunidade Israelita e o povo português que muitos destes judeus se vestiam como nobres e era confundidos como tais pela plebe.
Com a expulsão dos judeus em 1492 cerca de 100 mil judeus da Espanha se dirigiram para a fronteira do Reino Unido de Portugal e Algarves, e ali entraram com pagamentos a Coroa Portuguesa e vieram se refugiar no que até então era o lugar mais seguro e tolerante nas proximidades do país dos Trastâmara's, mas eis que o tempo iria se tornar turvo na ponta da península mais ao Ocidente da Europa, d. Manuel I ascende ao trono e implementa seus planos de fazer Portugal o cabeça e chefe da península Ibérica, e para tal busca casamento com a princesa herdeira dos Reis Católicos.
Para condição maior de acontecer o casamento que faria Portugal o grande unificador da península Ibérica, e a expulsão dos Judeus e Mouros de Portugal.
No dia 5 de Dezembro de 1496 fora assinada a expulsão dos judeus de Portugal e da população moura do país, com prazo de até no dia 31 de Outubro de 1497 para que estes viessem a se retirar do país ou mesmo se converter ao cristianismo para que pode-se ficar e residir no país, porém não era de interesse do El-Rey português perder 20% da sua população composta por judeus e sabendo que estes não teriam pátria para vir defendê-los e que estavam dispostos defender em grande parte sua identidade e fé de seus ancestrais, ordenou conversão forçada dos mesmos.
Essa conversão tirou o nome original de muitos deles que foram obrigados a se converter ao Cristianismo, adotar sobrenomes sem conexão com origem familiar, de padrinhos arrumados de última hora, enfim um genocídio cultural que Portugal reconhece hoje como erro e obra do Estado português, o sucessor de d. Manuel I enfrentou uma grave crise que colocou em risco os avanços de Portugal, decidiu confiscar todo o Tesouro que era da população de origem israelita que já estava afetada pela assimilação e assédio do governo, após tamanha resistência a Coroa portuguesa decidiu instalar a Inquisição que viria fiscalizar os cristãos, e como a população judaica de Portugal foi coibida de saída e forçada a se tornar cristã, tornou-se então alvo principal dos inquisidores.
Muitos se refugiaram para outras partes do Mediterrâneo em países muçulmanos mais tolerantes, ou mesmo na Europa Oriental, mas um lugar que foi um verdadeiro point dessa imigração foi Amsterdã que estava liderando uma revolta contra os Espanhóis e firmando a independência dos Países Baixos, tolerando a população que estava buscando o retorno ao judaísmo, pessoas com nomes católicos e sobrenomes tipicamente portugueses e espanhóis.
O Brasil e sua consolidação como possessão portuguesa também levou muitos a se aventurarem e refugiar do cenário hostil e discriminatórios a esses cristãos de origem judaica que não sabiam bem a qual mundo pertenciam agora, rejeitados por um e não reconhecidos por outros, é muitos destes patriarcas e matriarcas brancas que deram origem a vastas famílias brancas dos sertões do Brasil afora, famílias que se entrelaçaram com nobres e fidalgos e se tornaram verdadeiras dinastias dentro do país, dominando vastidões e mudando o território selvagem original da América portuguesa.
Vários nobres do Império, Barões, Viscondes, Condes e Marqueses possuíam em suas veias tal origem semítica e hoje buscam esse direito de reparação do erro do Estado Português para uma etnia tão perseguida e injustiçada.
MATO GROSSO DO SUL NO CONTEXTO
Com a entrada dos irmãos Garcia em 1828-1829 no então Mato Grosso se disseminou entrada de várias outras famílias com um fundo ancestral misto cristão-novo/aristocrático e que viria dar direito a milhares de seus descendentes a oportunidade de serem portugueses.
1.JOSÉ GARCIA LEAL que era casado com família Freitas, deixou vasta descendência em Goiás e Mato Grosso do Sul, desbravadores intrépidos que fizeram história e se entrelaçaram a várias famílias, entre as quais os Barbosa Sandoval, os Souza, derivando famílias como Garcia da Silveira que casou com os Fontoura de Coxim.
2.JOÃO PEDRO GARCIA LEAL que deixou vasta descendência com a família Tosta, Alves Dias, Fernandes de Oliveira, Nogueira, Coelho, Marques, Cândido Dias, Costa Lima, Ottoni e mesmo os Barbosas da Vacaria bem documentados pela Ledir Marques Pedrosa, essa descendência se concentrou nos Ribeirões Vau, Morangas, Formiga e também uma linha que colonizou a Vacaria com os Nogueira's e Barbosa's.
3.JANUÁRIO GARCIA LEAL casou duas vezes, as duas eram irmãs da família Freitas, sua descendência mesclou com várias famílias entre as quais; os Corrêa Neves; Trajano dos Santos; Guimarães no Alto Sucuriú; Paulino da Costa; Ferreira de Mello; Silva Latta; Alves Ferreira e Ferreira Vida, entre outras menores ou mesmo entrelaçamento com outros ramos que foram se derivando, tal descendência se concentrou em Três Lagoas, Água Clara e região.
E para conseguir consultoria para conseguir tal cidadania portuguesa como reparação pela perseguição sofrida pelos judeus Sefarditas, é entrar em contato (67)99167-1315 com Rudi Matheus Resende Guimarães que juntamente com a dna. Dalva Salles ira auxiliar no entendimento e avanço do processo para a Congregação Israelita de Lisboa que avaliará e emitirá a certidão para obtenção da cidadania.
Não perca, e vá atrás de seus direitos, boa parte da genealogia foi formulada pelo estudiosa Elio Barbosa Garcia na obra Magna Desbravadores de Sertões, Saga e Genealogia dos Garcia Leal.
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